29 de novembro de 2016 | 08:14

Governo Temer fica sem um representante baiano no ministério

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A queda de Geddel Vieira Lima da secretaria de Governo deixou a Bahia sem um representante sequer no ministério de Michel Temer. Geddel ocupava o cargo na cota pessoal do presidente, de quem é amigo pessoal. Contraditoriamente, sua força junto a Temer era apontada por deputados da bancada baiana como a responsável pelo fato de o Estado ter permanecido durante este primeiro semestre de vida do governo exclusivamente com ele no primeiro escalão.

Alguns chegam a alegar que Geddel teria sido responsável pelo veto a nomes como o do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), que chegou a ser cotado para o Ministério de Minas Energia e até o de Educação, e o do colega Benito Gama, que também possui relação pessoal com Temer e teria tido seu nome lembrado, numa lista junto com outros dois nomes, por seu partido, o PTB, para assumir uma pasta no primeiro escalão do governo.

“A Bahia podia, com certeza, ter tido dois ou três ministros. Agora fica com menos força para ampliar sua participação”, afirma um outro deputado, alegando que, no Palácio do Planalto, a alegação frequente para a posição de indigência do Estado no ministério de Temer era o fato de o próprio Geddel, supostamente por “medo de lhe fazerem sombra”, alegar que o Estado não precisava de mais representantes na Esplanada.

O Estado de Pernambuco, por exemplo, cuja bancada no Congresso tem apenas 25 deputados, contra 39 da Bahia, possui cinco ministros. Agora, a expectativa na bancada baiana é que, após a aprovação da PEC do Teto dos gastos públicos, o presidente convoque algum baiano para participar do ministério, até para atender ao critério de equilíbrio da representação dos Estados no primeiro escalão.

Além disso, muitos acreditam que o próprio Geddel, dada sua relação pessoal com o presidente, continue ajudando o governo nos bastidores. A Bahia começou a perder espaço no primeiro escalão do governo federal na gestão de Jaques Wagner (PT), que não se mobilizava para indicar aliados sob o argumento de que tinha acesso direto a todo o ministério. Deputados, entretanto, alegam que ministros facilitam contatos e a liberação de recursos para o Estado.

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