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Ex-governador Jaques Wagner pode assumir Conselhão no governo Rui Costa 21 de outubro de 2016 | 07:47

Envolvimento de Wagner no governo Rui é comemorado por aliados

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A decisão do ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner (PT) de se envolver na administração do governador Rui Costa (PT), dando, inclusive, palpites sobre a sua articulação política, maior fonte de críticas de aliados, animou petistas e correligionários do governo.

A maioria ouvida pelo Política Livre acha que Wagner não faz mais do que a obrigação, já que sua relação com o governador extrapola o campo político, estando fincada num sólido laço pessoal, o que significa que o fracasso de um será também o do outro.

“De fato, nestes dois anos, Wagner nunca se envolveu na administração estadual, o que, além de grandeza, demonstra seu grande respeito por Rui. Mas o quadro mudou, o PT está minguando, a Lava Jato está aí, desgastando a todos”, diz um petista avaliando a nova postura do ex-ministro.

Para ele, a situação é suficiente não para motivar interferências, mas para levar os petistas a entenderem que se não houver união e compromisso, o partido continuará sua trajetória de derrotas. “A Bahia é um dos poucos Estados em que o partido está de pé. Vamos vacilar?”, questiona outro correligionário.

Um dos aliados mais animados com “a volta” de Wagner é o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PSL). Apesar de também muito próximo de Rui, Marcelo foi dos primeiros a criticar as deficiências na articulação política do governo, mesmo ressalvando a competência gerencial do governador.

Agora, estaria se sentindo mais seguro, diz um conhecido assessor do parlamentar. Segundo ele, preocupado com os rumos que o governo tomava do ponto de vista político, o presidente da Assembleia chegou a intimamente rever seus planos de concorrer ao Senado.

“Com o amigo Wagner na chapa também concorrendo ao Senado, Marcelo está mais seguro para disputar contra a chapa de ACM Neto (prefeito de Salvador que é considerado nome certo na disputa pela oposição em 2018)”, completa a mesma fonte.

Apesar de ter pela primeira vez palpitado sobre a necessidade de mudanças na articulação política do governo, Wagner antecipa que ele próprio não quer esta responsabilidade, indicando para o posto o amigo Cícero Monteiro, hoje chefe de Gabinete do governador, ou o senador Otto Alencar (PSD).

O ex-governador é cotado para assumir a direção da Fundação Luis Eduardo Magalhães, mas já se fala também que poderá presidir uma espécie de Conselhão à semelhança do que foi comandado durante um de seus governos pelo advogado Fernando Schmidt.

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