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Vânia Galvão (PT) 01 de outubro de 2016 | 09:15

Candidatos a vereador têm dificuldades em arrecadação

salvador

Após 45 dias, as campanhas políticas chegam ao fim hoje com uma sensação diferente para os candidatos a prefeito e vereador. Com a mudança na legislação eleitoral, a corrida para conquistar o eleitorado foi menor em relação aos pleitos passados e a questão financeira pesou no bolso. Com o fim das doações de empresas privadas, os postulantes tiveram que batalhar para bancar as despesas apenas com recursos de fundos partidários e doações de pessoas físicas. Se entre os candidatos a prefeito a mudança foi difícil e alguns postulantes acumularam dívidas de quase R$ 1 milhão, entre os vereadores a história não foi diferente. Com teto de gastos estipulado em R$ 400 mil, a maioria teve problema na arrecadação e poucos ultrapassaram a marca dos R$ 100 mil. Alguns chegaram à reta final da eleição com dívida. É o caso de Aladilce (PCdoB). A comunista arrecadou pouco mais de R$ 24 mil, mas suas despesas ultrapassam esse valor e chegam a R$28.459,62. Em entrevista à Tribuna, ela já tinha previsto dificuldades. “Vai ser um problema, temos uma campanha muito curta e uma dificuldade até de conhecer uma legislação nova. Acho que vai ser difícil até se habituar ao traquejo da legislação, agora a campanha eleitoral vai ser mais de militância mesmo, precisaremos ser mais ofensivos, resgatar o papel da boa política. Tem o aspecto positivo que com mudanças e restrições dos materiais que podem ser usadas, muitas coisas foram cortadas, faz com que o custo da campanha seja reduzido. Então, acho que vamos precisa politizar mais as eleições. Grande parte da população está querendo isso”, disse ela em julho. Entre os que são candidatos à reeleição, Paulo Câmara (PSDB) aparece como um dos destaques quando o assunto são as finanças. O presidente da Câmara de Salvador arrecadou quase R$ 268 mil, sendo a maior parte oriunda de doação do próprio partido. Enquanto isso, os gastos representam apenas R$ 93 mil. Outro que ficou no azul foi Léo Prates (DEM), que recebeu R$ 210.900.00 e gastou apenas R$ 182.761.18. Enquanto isso, Vânia Galvão, do PT, apresentou arrecadação total de pouco mais de R$ 56 mil e gastos que não ultrapassaram a metade do valor.

Tribuna da Bahia
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