24 de setembro de 2016 | 20:20

Reflorestamento fica abaixo da meta prevista como legado dos Jogos 2016

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A notícia de que serão plantadas mudas em Deodoro, na zona oeste do Rio de Janeiro, semeadas pelos atletas durante a abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, poderia ser um legado positivo. Mas o reflorestamento previsto fica longe da meta prometida no documento oficial de compromissos para o Comitê Olímpico Internacional (COI) pelo governo do Rio, que envolvia o plantio de 24 milhões de mudas para compensar o impacto ambiental com a Olimpíada e a Paralimpíada, observaram especialistas, em entrevista à Agência Brasil. “Se, de fato, isso fosse real, mesmo com 30% de mortalidade (das mudas), o que é normal, você teria um acréscimo de flores.a equivalente a 10% da área da cidade. Seria positivo porque só 30% da cidade são considerados área florestal, com algum tipo de vegetação importante”, disse o coordenador-geral do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG), do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Marcos Freitas. Ele acredita que, na verdade, serão feitas somente pequenas ações. “Não vai ter uma coisa importante em termos de floresta, infelizmente”, disse. No último dia 21, a prefeitura do Rio de Janeiro plantou 100 mudas da Floresta dos Atletas, no Parque Radical, em Deodoro, preparando o local para receber as 12 mil árvores semeadas pelos atletas na Rio 2016. As sementes estão sendo cultivadas em um horto e serão transplantadas para o Parque Radical, em 2017. O coordenador do IVIG avaliou que as 12 mil mudas “não alteram nada em relação ao reflorestamento no Rio de Janeiro”. Há desânimo dos especialistas nessa área, manifestou. Leia mais no Agência Brasil.

Agência Brasil
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