29 de setembro de 2016 | 15:15

Juscelino, ex-assessor de Palocci, pede a Moro liberdade

brasil

A defesa do gestor ambiental Juscelino Dourado – ex-assessor de Antonio Palocci no Ministério da Fazenda – vai pedir nesta quinta-feira, 29, ao juiz federal Sérgio Moro que revogue a prisão temporária na qual ele foi alvo na Operação Omertà. Dourado está preso desde segunda-feira, 26, quando a 35ª operação da Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal. Palocci, alvo principal da Omertà, também foi preso. O prazo da temporária é de cinco dias. O juiz Moro pode estender o prazo ou ainda, converter em regime preventivo, quando não há previsão de término do encarceramento. Dourado foi homem de confiança de Palocci desde os tempos em que o petista ocupou o cargo de prefeito de Ribeirão Preto (SP). Os investigadores da Omertà suspeitam que ele tenha participado diretamente do suposto esquema de repasses da empreiteira Odebrecht que totalizaram R$ 128 milhões, entre 2008 e 2013, para Palocci e para o PT. Nesta quarta-feira, 28, Dourado depôs na Polícia Federal em Curitiba, base da Lava Jato. Os investigadores questionaram o gestor ambiental sobre planilhas que, segundo Omertà, indicam o trânsito de propinas. Perguntaram, ainda, sobre as relações dele com Palocci e as atividades que executou depois que saiu do Ministério da Fazenda. Ele afirmou que nunca recebeu “qualquer valor” oriundo do suposto esquema revelado pela Omertà. Segundo o criminalista Cristiano Maronna, que defende Juscelino Dourado, ele esclareceu à PF que, desde o primeiro semestre de 2005, quando pediu exoneração do cargo de chefe de gabinete de Palocci na Fazenda, “não exerceu mais nenhum cargo público”.

Estadão Conteúdo
Comentários