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Deputado Hugo Motta (PMDB) 20 de setembro de 2016 | 06:40

Empresário aponta propina de 20% para campanha de Hugo Motta

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O empresário José Aloysio Machado da Costa Júnior, dono da empresa Soconstrói, apresentou uma proposta de delação premiada ao Ministério Público Federal da Paraíba, no âmbito da Operação Desumanidade, na qual afirma que 20% dos valores desviados da construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) abasteceram a campanha do deputado Hugo Motta (PMDB). Em depoimento gravado em vídeo e entregue aos investigadores, o empresário declarou que o dinheiro destinado a Hugo Motta saiu do Contrato 51/2013 que previa a construção de 11 unidades básicas de saúde (UBS) e de uma academia de saúde em Patos. Parte das obras foram bancadas com emendas parlamentares destinadas por Motta. A procuradoria-geral da República já foi oficiada do conteúdo com citação ao parlamentar e o conteúdo, bem como a aceitação ou não da proposta, ficará aos cuidados do procurador-geral da República Rodrigo Janot. A operação Desumanidade investigou irregularidades e direcionamento do resultado de licitações que beneficiaram a empresa Soconstrói Construções e Comércio, entre os anos de 2012 e 2013, no município de Patos (PB). Segundo relatório da investigação, restou provado em diligências realizadas nas obras que agentes públicos estavam “diretamente envolvidos com a execução das obras”. Na prática, a prefeitura executava a obra pela qual havia contratado a Soconstrói. Um relatório do MPF mapeou o caminho do dinheiro desde a saída dos caixas da Prefeitura, passando pela Soconstrói e sendo repassado para contas de pessoas físicas. Dentre elas, a mãe e o cunhado de Motta. A prefeita de Patos, Francisca Motta, é avó do peemedebista e a chefe de gabinete da prefeitura, Illana Motta, é mãe do do deputado. As duas foram alvos de outra investigação do MPF da Paraíba, a Veiculação. A mãe de Motta foi presa e a avó afastada do cargo.

Estadão
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