Foto: Divulgação/Arquivo
Cientista política criticou ausência de ACM Neto dos debates anteriores, na TVE e na Record 28 de setembro de 2016 | 08:08

Candidatos se preparam para último debate, na TV Bahia

salvador

Na reta final da campanha e a poucos dias das eleições, os candidatos à prefeitura de Salvador se preparam para o último debate televisivo, que será promovido pela TV Bahia, amanhã. O confronto será o primeiro que reunirá todos os concorrentes ao Thomé de Souza, já que o prefeito e candidato à reeleição ACM Neto (DEM) faltou aos debates institucionais e aos que foram transmitidos pela TVE e pela TV Record Bahia. “O prefeito fugiu de todos os debates e priorizou aquele que vai ser conduzido pela televisão da qual é sócio. Eu espero que o debate seja realmente propositivo, e que o prefeito não se esquive das perguntas e da obrigação que tem de debater os problemas da cidade”, declarou Alice Portugal (PCdoB).Nos últimos dias, a comunista não tem economizado palavras para criticar o adversário, e reiterou que continuará expondo a “triste realidade” do povo até o fim da campanha. “Ausência de serviços básicos de saúde, postos sem médicos, creches fechadas, crianças nas ruas quando deveriam estar nas escolas municipais, nenhuma política de combate às desigualdades sociais… A propaganda do prefeito não representa a realidade do nosso povo e espero que prevaleça o respeito ao povo e à verdade neste debate”, completou.Claudio Silva (PP) disse que os adversários, em determinadas ocasiões, passaram dos limites nos ataques ao prefeito, e que manterá o tom ameno adotado no início da campanha. “O que tenho visto é que os candidatos criticam coisas que não deveriam ser criticadas. O prefeito fez coisas importantes na cidade. Mas vai haver um confronto de ideias, e não haverá agressão, todos somos civilizados. Quem disputa a prefeitura de Salvador não pode partir para nenhum tipo de agressão”, defendeu. “Vou manter o que estou fazendo, apresentar propostas. A ausência ou a presença do prefeito não muda nada para mim”. Recentemente, a Tribuna mostrou que a atitude do demista em não comparecer aos debates dividiu opiniões entre os adversários, e foi interpretada como um sinal de fragilidade pelo cientista político Jorge Almeida. “Não tínhamos visto nos últimos anos, nas últimas campanhas, um candidato recusando participar do debate. É um absurdo porque demonstra um espírito muito baixo.Os debates sempre ajudaram a esquentar o processo. Ele está se sentindo frágil para encarar os adversários”, avaliou. “Mais problemático ainda é ele aceitar participar apenas do debate promovido pela emissora da própria família. Haverá uma dinâmica para controlar o debate. Além disso, o da TV Bahia será o último, quando não haverá muito tempo para repercussão”, acrescentou o professor.

Tribuna da Bahia
Comentários