Foto: Divulgação
26 de agosto de 2016 | 19:00

Gim Argello assume pedido de doação, nega propina e chora

brasil

Em depoimento perante o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância em Curitiba, o ex-senador pelo PTB do Distrito Federal Gim Argello assumiu ter pedido doações eleitorais a executivos de empreiteiras envolvidas com os desvios na Petrobras, em 2014, mas disse que não tinha conhecimento do envolvimento destes com a petroleira estatal. “Não sabia que eles eram envolvidos com Petrobras”, disse Argello, que à época era vice-presidente da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investigava denúncias de irregularidades na Petrobras. “Eu pedi doação eleitoral dentro da lei”, afirmou o ex-senador. Ao final do depoimento, Argello emocionou-se perante o magistrado e chorou, ao dizer que não era desonesto.Argello encontra-se preso preventivamente desde abril no Complexo Médico-Penal de Pinhais, no Paraná. Sua prisão foi autorizada após os procuradores da força-tarefa da Lava Jato terem colhido provas de que ele recebeu R$ 5 milhões em propina da empreiteira UTC Engenharia, conforme delação premiada do dirigente da empresa, Ricardo Pessoa.Segundo Pessoa, Argello teria orientado que o dinheiro fosse pago na forma de doações eleitorais aos diretórios nacionais de quatro partidos: DEM (R$ 1,7 milhão), PR (R$ 1 milhão), PMN (R$1,15 milhão) e PRTB (R$1,15 milhão). Em 2014, as siglas integravam uma coligação com o PTB, partido pelo qual o ex-senador tentava a reeleição. Em troca, Argello agiria para evitar a intimação de executivos para depor na CPMI da Petrobras.

Agência Brasil
Comentários