01 de julho de 2016 | 13:15

Queda de ministros e suspeita de obstrução a Lava Jato são notícias mais lembradas do governo Temer

brasil

A queda de três ministros por conta de denúncias de corrupção e as suspeitas de obstrução de Justiça pela cúpula do PMDB são as principais lembranças da população em relação ao governo do presidente em exercício, Michel Temer. Tais notícias foram mencionadas por 7% dos entrevistados na pesquisa de avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), feita em parceria com o Ibope e divulgada nesta sexta-feira. Em segundo lugar, 5% dos entrevistados citaram desdobramentos de investigações de corrupção na Petrobrás e a operação Lava Jato como uma das notícias mais lembradas. Na sequência aparecem o processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado da Câmara dos Deputados pelo Supremo Tribunal Federal (STF); notícias sobre corrupção no governo; e notícias sobre novos planos e ações da gestão provisória, todos empatados com 3%. Um dos resultados que mais surpreendeu a CNI, segundo o gerente executivo de Pesquisa da instituição, Renato da Fonseca, foi o fato de que mais da metade dos entrevistados (63%) não lembraram ou não quiseram citar alguma notícia. Na última pesquisa da CNI com o Ibope, divulgada em março, durante a gestão da presidente afastada, Dilma Rousseff, apenas 25% não quiseram ou não conseguiram opinar. Para 40% dos brasileiros, as notícias recentes são desfavoráveis ao governo. Na comparação com a pesquisa anterior, esse porcentual recuou 36 pontos percentuais. O porcentual dos que consideram as notícias mais favoráveis ao governo é de 18%, já o anterior era de 10%. Houve um aumento de 9% para 25% dos que acham que as notícias não são favoráveis, nem desfavoráveis. Já os que não quiseram responder aumentaram de 5% para 17%. Os questionamentos foram feitos entre os dias 24 e 27 de junho. Foram ouvidas 2.002 pessoas, todas acima de 16 anos, em 142 municípios. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro, de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Estadão
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