26 de julho de 2016 | 09:07

Para economistas, governo tem de parar de gastar com benesses

economia

Diante de indicadores que reforçam a persistente queda na arrecadação e o crônico aumento da dívida pública, os economistas esperam do governo em exercício mais rigor na implementação e na cobrança do ajuste fiscal. Em outras palavras: que seja mais duro na contenção de gastos e na busca de alternativas para elevar as receitas.Na avaliação do economista Affonso Celso Pastore, da A. C. Pastore e Associados, não basta ter uma equipe econômica competente e um diagnóstico correto sobre para onde ir – e tudo isso, ele ressalta, o governo em exercício tem. “É preciso ser capaz de seguir politicamente adiante na adoção de medidas enérgicas e o problema é que temos vistos sinais que não são nada favoráveis – alguns eu posso entender, outros não”, diz.Pastore lembra que o governo deu aos Estados uma carência maior na renegociação de suas dívidas, movimento que ele considera “uma ação política inteligente”, na medida em que, ao dar mais carência aos Estados, a União pode cobrar que eles fiquem engajados no corte de gastos.Já os aumentos para servidores, por sua vez, são incompreensíveis para Pastore: “Eu não consigo entender, não é explicável, por nenhum aspecto, a não ser que haja uma lógica que seja muito superior à minha capacidade de entendimento”.

Estadão Conteúdo
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