26 de julho de 2016 | 19:00

Não é verdade’, diz Berzoini sobre delação que lhe atribui cobrança de propina

brasil

O ex-ministro e ex-presidente do PT Ricardo Berzoini afirmou que “não corresponde à verdade” as afirmações que o executivo Flávio Gomes Machado Filho, um dos delatores da Lava Jato, fez nesta segunda-feira, 25, ao juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. Em quase 30 minutos de depoimento, Flávio Machado – ex-diretor da Andrade Gutierrez – disse que Berzoini fazia “cobranças incisivas” de propina no valor de 1% de todos os contratos que a empreiteira tinha com o governo federal. A imposição de Berzoini, segundo o delator contou a Moro em audiência nesta segunda-feira, ocorreu durante reunião que teria ocorrido em 2008, na qual também estavam o tesoureiro do PT à época, Paulo Ferreira, seu sucessor João Vaccari Neto e o então presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Diante de Sérgio Moro, o ex-executivo da Andrade Gutierrez confirmou os termos da delação premiada que fez na Procuradoria-Geral da República. Berzoini presidiu o PT em duas ocasiões, entre 2005 e 2006 e de 2007 a 2010. “De uma forma incisiva e um pouco além do tom (foram feitos pedidos) pelo presidente (do PT, Ricardo) Berzoini para o presidente Otávio”, disse Machado no depoimento. “Veladamente deu para entender que poderia haver algum tipo de situação desconfortável para nós”, afirmou. Segundo ele, o clima da conversa foi “bastante desagradável”.

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