01 de julho de 2016 | 16:36

Líderes na Câmara dizem que cerco está se fechando contra Cunha

brasil

Líderes partidários na Câmara dos Deputados avaliam que o avanço da Operação Lava Jato está “fechando o cerco” contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na próxima semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) começará a analisar um recurso do peemedebista contra o pedido de cassação aprovado no Conselho de Ética, mas o sentimento na Casa é que a cada dia que passa as chances de Cunha diminuem. A prisão nesta manhã do empresário Lucio Bolonha Funaro, amigo de Cunha, foi mais um golpe para o peemedebista e ocorre num momento crucial para a defesa de seu mandato, justamente quando ele tenta angariar votos na CCJ para barrar o avanço do processo disciplinar. “Não tem nada positivo para o Eduardo, só vai deteriorando”, resumiu um aliado do presidente afastado da Câmara. Funaro é suspeito de achacar grandes empresas e é apontado como operador de propina de Cunha. A prisão é fruto da delação do ex-vice-presidente da Caixa, Fabio Cleto, que acusa Cunha de decidir quais empresas deveriam receber aportes do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS). Cleto contou aos investigadores que o deputado recebeu propinas em 12 operações de grupos empresariais que obtiveram aportes milionários do FI-FGTS. “Não tem saída para Cunha, nem na Câmara, nem na Justiça”, comentou um líder aliado do Palácio do Planalto.

Estadão Conteúdo
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