24 de julho de 2016 | 10:25

Lava Jato apura ‘sistema financeiro da propina’ no Brasil

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A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita investigam um sistema bancário paralelo, estruturado no Brasil por bancos estrangeiros legalmente constituídos em seus países, que seria usado para lavagem de dinheiro. O FPB Bank Inc, do Panamá – que pertence ao banqueiro brasileiro Nelson Noronha Pinheiro, ex-sócio do Pine -, o PKB, da Suíça, e o Carregosa, de Portugal, são investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato por suposto uso de “representações” clandestinas para captação de clientes interessados em abrir contas secretas em paraísos fiscais. O esquema, segundo suspeita a força-tarefa, teria sido usado por doleiros e operadores de propinas para ocultar dinheiro da corrupção descoberta na Petrobrás e sob investigação em outros órgãos como Ministério do Planejamento, Ministério dos Transportes, Eletrobrás e Valec – alvos de apurações em desdobramentos da Lava Jato, como Custo Brasil, Saqueador, O Recebedor. “O perfil do cliente é de alguém que quer esconder a origem de seu dinheiro, porque senão não procuraria uma instituição ilegal. Todos que procuravam o serviço sabiam da situação”, afirmou o delegado da Polícia Federal Rodrigo Sanfurgo, da equipe da Lava Jato, em Curitiba. A deflagração da 32ª fase da Lava Jato, batizada de Caça-Fantasmas, há uma semana foi o ponto de partida da fase ostensiva das apurações dessa frente. O banco panamenho FBP Bank Inc foi alvo central da operação. A instituição, além de captar ilegalmente clientes no Brasil e oferecer contas em paraíso fiscal, vendia a empresa offshore usada para afastar a titularidade do dono do dinheiro. Leia mais no Estadão.

Estadão
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