26 de julho de 2016 | 09:57

Comércio baiano demitiu 50 mil em 15 meses

bahia

“Nos últimos 15 meses, o comércio baiano teve fechamento de 50 mil postos de trabalho e de 21 mil lojas, cinco mil das quais em Salvador”. Os dados foram destacaqdos ontem pelo presidente do Sindlojas-Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia, Paulo Motta. Segundo o direigente, os dados mostram a “impossibilidade do setor em atender à reivindicação do Sindicato dos Comerciários de Salvador que pleiteia como reajuste salarial a reposição da inflação, estimada em 11,08%”.Conforme Motta, “a contraproposta dos empresários é de 8%, a partir deste mês, sem retroatividade” para a data-base da categoria que ocorreu em março.“As vendas fecharam o primeiro semestre em -8,5%, na relação com o mesmo período do ano passado”. Motta disse que “promoções como Liquida Bahia e Liquida Salvador têm sido formas encontradas no sentido de motivar o consumidor a retomar as compras”. Paulo Motta sugeriu que os comerciários “adotem o bom senso para evitar que a situação seja agravada, levando as empresas a enfrentar impossibilidade de liquidez e ter que promover mais demissões para poder pagar aos que permanecerem no trabalho”. Para o presidente do Sindicato dos Comerciários, Joelson Dourado, “sem reajuste desde março, os empresários já estão devendo R$ 650 para cada um dos 200 mil trabalhadores que integram a categoria em Salvador”. Conforme Dourado, “essa dívida não é apenas para com os comerciários, mas interfere em toda a economia da cidade na medida em que esses trabalhadores não poupam nem fazem aplicações, investem apenas na aquisição de bens de consumo”. Dourado mencionou dados do Dieese-Departamento Intersindical de Estudos Sócio-econômicos que apontam, nos últimos dez anos, o fato do comércio da capital ter obtido crescimento acima da média nacional”. Ainda segundo o comerciário, “a própria Associação Nacional de Shopping Centers que divulgou um aumento percentual de 6,5% no faturamento em 2015”. Dourado questionou os números sobre fechamento de lojas na cidade argumentando que “boa parte dos lojistas tem migrado para outros pontos” e sugeriu que “em lugar de apontar fechamento no comércio se efetuasse pesquisa para verificar o número de novas lojas e shoppings abertos”. Ele mencionou, além do mais, o “crescimento verificado nos comércios de bairros como Cajazeiras, São Marcos e no Subúrbio ferroviário”.

Tribuna da Bahia
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