01 de julho de 2016 | 20:32

Cleto assinou carta de renúncia para garantir repasse de propina, diz Janot

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Cleto, um dos delatores da Operação Lava Jato, foi obrigado a assinar uma carta de renúncia, que seria apresentada caso ele não atendesse aos pedidos de repasse de propina. Segundo Janot, a carta foi apresentada por um sócio do doleiro Lúcio Funaro, preso hoje (1º) na Operação Sépsis. De acordo com o procurador, logo após ser informado de que Fábio Cleto seria nomeado para o cargo, Funaro o chamou para uma reunião, na qual três vias de uma carta de renúncia ao cargo foram apresentadas ao então vice-presidente da Caixa. “As três vias da carta, que ficaram com Alexandre Margotto [sócio de Funaro], eram uma espécie de ‘garantia’: caso qualquer solicitação não fosse acatada por Cleto, Funaro apresentaria a carta, levando à renúncia do cargo e à indicação de outra pessoa”, disse Janot.

Agência Brasil
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