26 de julho de 2016 | 18:33

Atletas brasileiros dizem estar preparados para problemas na Baía de Guanabara

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A poluição na Baía de Guanabara foi alvo de críticas recorrentes ao governo do estado do Rio de Janeiro pelo descumprimento da meta de tratar 80% do esgoto que chega ao mar. Experientes em treinar e competir no cartão-postal carioca, os atletas brasileiros se disseram preparados para enfrentar a situação. Medalhista olímpica na vela, Isabel Swan, da classe Nacra 17, disse que a avaliação sobre a poluição só poderá ser feita durante a competição. “Acho que, nos jogos, não vamos ter problema, porque é mais fácil manejar a limpeza de um local espefícico [as raias]. É mais fácil controlar isso quando não tem movimento de barco, porque a baía está fechada e você está procurando o lixo”, disse. “Tem que pensar que é possível que aconteça e que está dentro da nossa parte técnica. Se acontecer, estamos preparados para retirar e seguir velejando”. O coordenador técnico da seleção, Torben Grael, disse que o tema foi ostensivamente falado “enquanto ainda dava para fazer alguma coisa”. “Agora é inútil falar de lixo”, disse. “A nossa arena foi entregue cheia de lixo.” Martine Grael, da categoria 49erFX, disse acreditar que “não é tarde” para despoluir a baía. “Não se perdeu essa chance. Ainda está em tempo de começar uma coisa de longo prazo. Os políticos gostam de fazer coisas a curto prazo e que não funcionam”. A atleta afirmou que os brasileiros já estão acostumados com o problema por velejarem na baía nessas condições há muitos anos. Sua dupla, Kahena Kunze, brincou: “Desde que tenha vento, já temos nossos macetes pra tirar o lixo”, afirmou, evitando falar mais sobre o assunto.

Agência Brasil
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