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Daniel Almeida, presidente do PCdoB da Bahia, defende unidade em torno de Alice Portugal 01 de julho de 2016 | 18:05

Almeida explica porque PCdoB não aceita chapão com PT à Câmara

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O presidente regional do PCdoB, deputado federal Daniel Almeida, defendeu hoje, em entrevista ao Política Livre, a unidade das oposições em torno da candidata de seu partido à Prefeitura, Alice Portugal. Segundo Almeida, o governador Rui Costa (PT), no princípio das discussões sobre a sucessão municipal de Salvador, sugeriu acertadamente o lançamento de mais de um candidato no campo das oposições para enfrentar o favoritismo do prefeito ACM Neto (DEM) em Salvador.

A estratégia visava, segundo Almeida lembrou, empurrar a disputa para o segundo turno, quando as oposições poderiam se unir para derrotar o prefeito. Na visão do presidente do PCdoB, o fato de não ter surgido uma candidatura de centro robusta, que pudesse atrair os votos que não irão para a esquerda, tornou, no entanto, o estratagema superado como forma de enfrentar o democrata.

“Neste contexto, o melhor é fazer a unidade em torno de um nome. E o melhor nome é o de Alice, que estamos apresentando”, disse Daniel, considerando naturais os entraves para a construção de um entendimento entre todos os aliados do campo oposicionista, principalmente depois da exigência do PT de formar um chapão com todos os partidos para disputar as vagas à Câmara de Vereadores.

“Ainda temos até agosto para construir a candidatura, embora fosse melhor a definição o quanto antes”, observou. Para Almeida, a condição imposta pelo PT para apoiar a candidata do PCdoB não se justifica porque o partido tem condições de eleger sozinho sua atual bancada de vereadores, exatamente porque tem “a maior concentração de candidaturas fortes” no grupo.

No momento em que se defrontaram com a resistência do PCdoB à idéia do chapão, os petistas passaram a alimentar a idéia de apoiar a senadora Lídice da Mata, do PSB, à sucessão. Ocorre que o PSB, assim como o PCdoB e o PTN, não aceitam formar o chapão. “Não interessa fazer coligações com partidos que têm condições de alcançar o quociente eleitoral (para eleger seus candidatos) sozinhos. A coligação é para ajudar os que têm dificuldade”, afirmou Almeida.

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