29 de junho de 2016 | 19:45

Procurador diz que prisões preventivas da Lava Jato foram legais

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O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta quarta-feira, 29, durante palestra em São Paulo, que todos os atos da operação até o momento foram “perfeitamente legais e adequados”. Questionado sobre as críticas recebidas, em especial de petistas e peemedebistas que reclamam do que chamam de excessos da operação, Dallagnol defendeu as prisões preventivas e temporárias. “Há quem diga que houve um número exacerbado, mas na verdade os fatos e os crimes foram exacerbados. Nós usamos a prisão preventiva de forma excepcional e cautelosa”, afirmou o procurador. Ele argumentou que, dos 208 acusados em primeira instância na Lava Jato, 8% estão presos e 3% aguardam julgamento. Além disso, afirmou que as medidas até agora não foram suficientes para frear a ação de algumas pessoas envolvidas no escândalo que desviou bilhões da Petrobras. Dallagnol lembrou ainda que requisitos excepcionais são exigidos para justificar uma prisão preventiva. A pessoa alvo do mandado tem que estar colocando em ameaça a ordem pública, a ordem econômica, apresentar risco de fuga ou risco de fraudar o processo contra ela. Para o procurador, um dos quatro requisitos ao menos, sempre esteve presente nos mandados da Lava Jato.

Estadão Conteúdo
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