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Ex-candidato à Presidência Eduardo Campos 29 de junho de 2016 | 20:31

PF aponta ‘teia’ de empresas de fachada ligadas a avião que caiu com Campos

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Em busca dos verdadeiros proprietários do jatinho Cessna Citation, prefixo PR-AFA, que em agosto de 2014 caiu e matou o então candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), em Santos (SP), os investigadores da Operação Turbulência mapearam uma teia de empresas de fachada utilizadas para lavar e supostamente escoar dinheiro oriundo de obras públicas para campanhas políticas. Responsável pelo inquérito, a delegada federal Andréa Pinho Albuquerque, da Polícia Federal em Pernambuco, compartilhou informações com a Justiça Federal do Paraná e com o Supremo Tribunal Federal para comprovar a relação dos empresários por trás da compra da aeronave com empreiteiras e políticos investigados na Lava Jato. Ao solicitar informações ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância, a delegada salienta que o relatório de inteligência elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) revela que “parte dos recursos utilizados na aquisição da referida aeronave tenham sido originados da Construtora OAS, a qual, além de investigada na Operação Lava Jato, participou da execução de alguns lotes das obras de transposição do Rio São Francisco em Pernambuco, Estado cujo governador à época era, justamente, Eduardo Campos”. Ainda segundo Andréa Albuquerque, informes de inteligência revelam que um dos líderes do grupo investigado pela Turbulência João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, “teria sido mencionado em acordo de colaboração premiada firmado no bojo da Lava Jato como um dos responsáveis pela entrega de valores em espécie a políticos e funcionários públicos domiciliados em Recife/PE, identificando-o como um dos principais operadores financeiros em atuação na capital pernambucana”.

Estadão Conteúdo
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