24 de junho de 2016 | 12:16

Empresário ligado a Lula é alvo de ação de busca e apreensão

brasil

Guiados pela delação do ex-vereador do PT Alexandre Romano, os investigadores da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo fizeram busca e apreensão na casa e nas empresas de Carlos Cortegoso. Conhecido como “garçom do Lula”, o empresário de São Bernardo do Campo (SP) é dono da Focal Confecções e Comunicação, segunda maior fornecedora da campanha de 2014 de Dilma Rousseff, e da CRLS Consultoria e Eventos, que teria escoado o dinheiro da propina vinda de desvios no Ministério do Planejamento na gestão de Paulo Bernardo. De posse dos mandados expedidos pela 6.ª Vara Criminal, a Polícia Federal vasculhou os imóveis de Cortegoso e aprendeu computadores, celulares e documentos com o objetivo de expandir a investigação contra o empresário. Os policiais chegaram na Focal por volta das 6h e permaneceram até às 14h30. A reportagem apurou que ação já era esperada por Cortegoso. Em conversas com amigos, o empresário repetia que após a fase Pixuleco 2, em agosto de 2015, a situação havia complicado e a sua prisão era iminente. Muito próximo do ex-tesoureiro João Vaccari Neto, o empresário atua em campanhas do partido desde a década de 90 e forneceu material gráfico e camisetas para todas as campanhas presidenciais a partir de 2002. Segundo o delator da Custo Brasil, foi Vaccari quem indicou a CRLS como destinatária da propina direcionada ao PT pela Consist Software Limitada. “Num primeiro momento era a CRLS, representada pelo Cortegoso, que realizava os pagamentos emitindo notas contra a Consist. Num segundo momento, era a empresa Politec, representada pelo Helio Oliveira, que realizava o pagamento. E, por fim, num terceiro momento era a Jamp, representada pelo Miltom Pascowitch”, afirmou Romano em um de seus depoimentos.

Estadão Conteúdo
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