29 de maio de 2016 | 09:16

Primeiro-ministro garante que governo francês manterá reforma trabalhista

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O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, garantiu ontem (28) que não vai retirar a polêmica reforma trabalhista, que considera ser necessária para dinamizar o emprego, relançar a economia e recuperar a autoestima dos franceses. “Nós, franceses, vivemos uma espécie de depressão nacional, melhor ainda, de falta de confiança, o que acentua os receios. Às vezes, há demasiado pessimismo na nossa sociedade, um sentimento de descrença, de uma França que perde o seu lugar no mundo”, considerou o chefe do governo francês. Numa entrevista publicada hoje no diário Le Parisien, citada pelas agências internacionais, Valls disse que o seu patriotismo rejeita uma visão decadente da França e vê antes “sinais positivos” que sustentam o otimismo, como “o crescimento econômico, o investimento empresarial, o consumo das famílias e o desemprego, que começa a cair”. “Mas, para reduzir o desemprego, as empresas têm que ser competitivas”, defendeu o governante, realçando que a reforma laboral aponta nesse sentido, pelo que não retirará a proposta nem alterará o polêmico Artigo 2º, que privilegia os acordos entre empresário e trabalhador aos acordos coletivos. Após uma semana de intensos protestos liderados pela Confederação Geral dos Trabalhadores, com bloqueios a setores estratégicos, Valls defendeu que “retirar o texto seria mau para os trabalhadores”.

Agência Brasil
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