Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O procurador-geral da República Rodrigo Janot 04 de maio de 2016 | 17:32

Para Janot, organização criminosa de Lula tem PT e PMDB como ‘eixos centrais’

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O procurador-geral da República Rodrigo Janot informou que o ‘aprofundamento das investigações’ da Operação Lava Jato revela que a organização criminosa que se apossou de contratos bilionários da Petrobrás no período entre 2004 e 2014 ‘tem dois eixos centrais’ – o primeiro, nas palavras de Janot, ligado a membros do PT e o segundo ao PMDB. As afirmações do procurador estão na petição que ele encamninhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que requer a inclusão do ex-presidente Lula no inquérito mãe da Lava Jato. Janot sustenta que a organização criminosa não teria atuado tão intensamente e de forma tão agressiva sem a participação de Lula. De acordo com o procurador-geral, no caso do PMDB ‘as provas colhidas indicam para uma subdivisão interna de poder entre o PMDB da Câmara dos Deputados e o PMDB do Senado Federal’. “Estes dois grupos, embora vinculados ao mesmo partido, ao que parece, atuam de forma autônoma, tanto em relação às indicações políticas para compor cargos relevantes no governo quanto na destinação de propina arrecadada a partir dos negócios escusos firmados no âmbito daguelas indicacões”, assinala Janot. O procurador argumenta ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, que em manifestação de 20 de outubro de 2015 já havia apontado ‘uma série de novos elementos probatórios que apontavam, desde ali, para um novo desenho, bem mais amplo e complexo do que aquele projetado no inicio das investigações, da organização criminosa objeto dos presentes autos’. Naquela petição, Janot indicou ‘os elementos colhidos’ que, em sua avaliação, indicavam a existência de ‘um esquema ilícito, camuflado e articulado por políticos integrantes especialmente do PT, do PMDB e do PP’. Leia mais no Estadão.

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