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Wagner e Gabrielli negam que suspeitas procedam 04 de maio de 2016 | 09:34

Janot carimba PT da Bahia com marca do petrolão

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O PT da Bahia entrou oficialmente na rota da Lava Jato com o pedido do procurador geral da República, Rodrigo Janot, para incluir o nome do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, atual chefe de Gabinete da Presidência da República, e o do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, nas investigações que o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza sobre o maior esquema de corrupção já registrado no país envolvendo a estatal.

A solicitação de Janot foi feita a partir de delação do ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró, segundo quem propina proveniente da Petrobras teria sido decisiva para a campanha vitoriosa de Wagner à sucessão estadual, em 2006, ano em que o PT assumiu, pela primeira vez, o governo do Estado, tudo com a interveniência direta de Gabrielli. Até então, acusações aos dois eram fruto apenas de ataques de adversários.

Se pareciam seguir a probabilidade, a partir dos estilhaços do petrolão, careciam de provas. E continuam a demandar comprovação, trabalho sobre o qual o STF terá que se debruçar, se a solicitação de Janot for aceita, em tempo que só Deus pode estimar. Até lá, a menos que os ministros rejeitem a proposição de Janot, Wagner e Gabrielli, dois dos mais importantes petistas da Bahia, carregarão sobre as costas a marca das suspeitas e o desgaste das investigações.

Não é um fardo pequeno, apesar de ambos negarem procedência às acusações, o que a prudência recomenda que se acate até que as apurações sejam concluídas. Mas é inegável que o quadro contribui para aumentar a carga negativa contra o partido que chegou a deter o monopólio da ética no país e suas principais lideranças, especialmente na Bahia, um dos poucos estados em o PT se mantinha até agora a salvo das suspeitas do petrolão.

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