Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Vice-presidente Michel Temer 02 de maio de 2016 | 06:35

Grupo de Temer critica presidente por ‘bondades’

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Aliados do vice Michel Temer reagiram ontem com críticas diretas à presidente Dilma Rousseff ao “pacote de bondades” anunciado pela petista, que prevê reajuste de benefícios do Bolsa Família e correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A análise desse segundo item da lista depende de aval do Congresso e, por isso, parlamentares defendem esperar a eventual formação de um novo governo e a análise da proposta pela futura equipe econômica, em caso de aprovação do afastamento de Dilma pelo Senado. “O povo não é bobo”, criticou o ex-ministro Moreira Franco e braço direito do vice, após a presidente confirmar os índices de correção antecipados ontem pelo Estado – 5% na tabela do IR e 9% para os benefícios sociais. Moreira afirmou que o último aumento dado aos beneficiários do Bolsa Família foi em 2014, próximo das eleições presidenciais “e sem considerar a inflação”. “Só agora anuncia um novo reajuste”, atacou ele, que é responsável pelo elaboração do programa Travessia Social do PMDB, que prevê reformulação do Bolsa Família, focando nos pobres, mas também com reajuste dos benefícios. Foi essa decisão do PMDB de prometer o reajuste que levou Dilma a se antecipar. Ontem, a presidente voltou a criticar os peemedebistas e a apontar riscos de “regressão” nos programas sociais (mais informações na pág. A5). Moreira rebateu. “A presidente Dilma Rousseff insiste na manipulação e na propaganda enganosa: a proposta da Travessia Social é manter o Bolsa Família para todos! E melhorar para os 5% mais pobres.” O reajuste dos benefícios do Bolsa Família enfrentava resistência do Ministério da Fazenda, porque o rombo nas contas públicas está próximo de R$ 142 bilhões em 12 meses. A avaliação era de que o espaço de R$ 1 bilhão no Orçamento do programa, que será usado para o reajuste, deveria ser aplicado no pagamento de despesas como as tarifas bancárias devidas à Caixa Econômica Federal. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o reajuste dos benefícios do programa Bolsa Família já estava previsto no orçamento deste ano. Leia mais no Estadão.

Estadão
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