06 de maio de 2016 | 09:35

Fitch se equiparou às demais agências em rebaixamento do rating, dizem analistas

economia

Para economistas, o novo rebaixamento do rating do Brasil pela Fitch, de BB+ para BB, com perspectiva negativa, foi um movimento da agência para se ajustar às suas rivais, Standard & Poor’s e Moody’s. Não refletiria, por exemplo, uma preocupação com mudanças no cenário econômico do Brasil, apesar de parte dos argumentos para a revisão da nota incluírem essa justificativa. Também não sinalizaria preocupação com a mudança de governo.A economista Mônica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson de Economia Internacional, nos Estados Unidos, lembra que a Fitch estava com a nota do Brasil um degrau abaixo do grau de investimento. Com a mudança, a nota agora ficou dois degraus abaixo do grau de investimento, equiparando-se a nota da Standard & Poor’s e da Moody’s. “As agências de risco são assim: vão fazendo ajustes para se equiparar umas as outras”, diz Mônica. Na avaliação dela, o rebaixamento não reflete a perspectiva de que pode haver piora no cenário, quer seja na conjuntura econômica, quer seja pela eventual troca de governo. No entanto, ela diz que o novo rebaixamento serve de alerta aos otimistas. “Para quem andava no clima de oba-oba, achando que tudo muda da noite para o dia, a Fitch lembra que a situação do Brasil é muito complicada”, afirma Mônica.

Estadão Conteúdo
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