05 de maio de 2016 | 17:13

Eduardo Cunha não deixa o Congresso trabalhar desde o início do ano, diz Dilma

brasil

A presidente Dilma Rousseff atacou pela segunda vez nesta quinta-feira, 5, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dizendo que ele paralisou o Congresso para votar o impeachment dela. “O Congresso está parado. O senhor Eduardo Cunha não deixa o Congresso trabalhar desde o início do ano”, afirmou, em entrega de moradias do Minha Casa Minha Vida (MCMV), em Santarém (PA). Mais cedo, Dilma comentou o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo. “A única coisa que lamento é que ele infelizmente conseguiu votar o impedimento e vocês assistiram a ele presidindo, com a maior cara de pau, o processo na Câmara”, afirmou, na cerimônia de inauguração da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. No evento em Santarém, Dilma voltou a dizer que é vítima de um “golpe”, pois não cometeu crime de responsabilidade. “É muito frágil daquilo que eles me acusam. O ex-presidente Fernando Henrique fez 101 decretos. E ele foi errado? Não, porque nunca foi crime”, disse. A presidente defendeu novamente a tese de que o impeachment é uma eleição indireta. “Não é o povo que está votando. Porque se apresentar para vocês um programa que corta benefícios sociais, não iria ter voto”, disse. Dilma disse novamente que não vai desistir de lutar pela permanência no cargo. “Eu acho que estou sendo vítima de uma injustiça e eu vou lutar pelo meu mandato, porque eu tenho responsabilidade em relação à democracia no meu País”, afirmou.

Estadão Conteúdo
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