Foto: Agência Senado
Senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) 02 de maio de 2016 | 06:45

Defesa de Delcídio pede suspeição de senadores de conselho

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Nas alegações finais apresentadas ao Conselho de Ética do Senado, onde responde a processo de cassação por quebra de decoro parlamentar, o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) disse que foi “explorado para benefício de terceiros”, citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os advogados de Delcídio pedem que o processo contra ele seja anulado e indicam suspeição de senadores que compõem o colegiado. O julgamento no conselho está previsto para esta segunda-feira, mas um adiamento ainda é possível, já que as discussões no Senado têm sido dominadas pelo processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. No documento de 155 páginas, os advogados de Delcídio defendem que não há provas contra o parlamentar. “A única frágil base probatória é um documento, além de apócrifo, anônimo”, afirma a defesa, em referência à gravação feita pelo filho do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, em reunião com Delcídio, na qual o senador revelava plano para conseguir um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para tirar Cerveró da prisão e enviá-lo para fora do País. Foi essa gravação que levou Delcídio à prisão em novembro, sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Em fevereiro, a prisão preventiva foi revogada. “Delcídio Amaral foi explorado para benefícios de terceiros: de um lado, de Lula para proteger a família do amigo (o pecuarista José Carlos) Bumlai; de outro lado, de Bernardo Cerveró, que o atraiu por truques cênicos para criar a “cama de gato” e conseguir o trunfo da sua colaboração do pai”, diz a defesa. Leia mais no Estadão.

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