02 de maio de 2016 | 09:22

481 mil soteropolitanos estão sem esgoto

salvador

No canal pluvial que passa defronte às casas ao longo da Via Regional, entre Cajazeiras e o bairro de Águas Claras, na periferia de Salvador, os esgotos das casas são lançados diretamente no leito do Rio Cascão, que por sua vez, ao receber afluentes que vêm das encostas dos bairros de Jardim Nova Esperança e Novo Marotinho, acaba desaguando na Barragem de Ipitanga, na Estrada Velha do Aeroporto, e que compõe o sistema de abastecimento de água da capital. De uma população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2, 9 milhões de habitantes, 481 mil deles não têm rede de esgotos. Segundo a Embasa, o Sistema de Esgotamento Sanitário de Salvador possui 4.200 quilômetros de rede e atende a 83,48% dos domicílios da cidade. Isto significa que são atendidos 2.431.359 habitantes, de um total de 2.912.413 (IBGE). Dos 481.054 habitantes que ainda não estão ligados ao sistema de esgotamento sanitário, a maioria lança indevidamente seus esgotos nos córregos e rios da cidade. Em alguns casos o despejo direto de esgoto no leito dos rios coloca em risco a qualidade da água dos principais mananciais e reservatórios, como o Rio do Cobre, que ao longo do seu trajeto, no Subúrbio Ferroviário, até a Barragem do Cobre, no Parque de São Bartolomeu, entre os bairros de Pirajá e Plataforma, recebe dejetos residenciais de todos os tipos. A barragem acumula 2,388 milhões de litros, a uma profundidade que chega aos 19 metros, e integra o abastecimento de água da população do Subúrbio Ferroviário de Salvador, onde vivem mais de meio milhão de pessoas.Leia mais na Tribuna da Bahia.

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