29 de abril de 2016 | 11:37

Secretário-geral da ONU pede respeito à Constituição e à democracia no Brasil

brasil

O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, pede que a crise política brasileira seja solucionada “o mais rapidamente possível” e que a Constituição e a democracia sejam respeitadas no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em um evento para marcar a entrada da flama olímpica na sede da ONU, na Suíça, nesta sexta-feira, 29, foram as perguntas sobre a crise política no Brasil que dominaram. Ban apelou pela “transparência” no processo no País. Apesar de alertar que o assunto era um problema interno nacional Ban insistiu que “está seguindo o que está acontecendo no Brasil”. “Como secretário-geral da ONU, eu sinceramente espero que haja o resultado de um processo muito transparente e que siga os procedimentos democráticos e a Constituição. Isso é o que eu peço e o que espero das instituições democráticas do País nos próximos meses.” “Fiquei encorajado de ver a presidente Dilma Rousseff em Nova York, na cerimônia de assinatura do Acordo Climático. Como secretário-geral da ONU, minha única esperança é de que essa atual crise seja resolvida o mais rápido possível, de maneira transparente, com os procedimentos democráticos e constitucionais”, completou. Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), também reconheceu que o Brasil vive “uma crise” e que a sociedade está “dividida”. Mas apostou que a chama olímpica e o evento vão “unir os brasileiros”. “Jogos Olímpicos são sempre desafiadores”, disse. “Os últimos meses são sempre mais difíceis”, completou. “O Brasil está numa situação difícil, um país com profundas divisões neste momento. Os Jogos, portanto, são uma grande oportunidade, e todos podem estar orgulhosos por serem brasileiros. Estamos confiantes de que teremos uma Olimpíada excelente”, disse.

Estadão
Comentários