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Roberto Muniz (PP) e Walter Pinheiro (PT) 27 de abril de 2016 | 15:45

Jogo de empurra entre Pinheiro e suplente por causa do impeachment

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Confirmado pelo governador Rui Costa na secretaria de Educação, em lugar de Osvaldo Barreto, o senador Walter Pinheiro, que deixou recentemente o PT criticando a presidente Dilma Rousseff (PT), vive um dilema.

Como não gosta dela e ainda acha seu governo um fracasso, não quer votar contra seu impeachment no Senado, preferindo que ela deixe o Palácio do Planalto rumo à planície o quanto antes. Assim, pensa em consonância com a maioria do povo brasileiro.

O problema é que Pinheiro foi chamado para a Educação principalmente para colaborar com a manutenção da presidente. Assim, pensou em deixar para o suplente, Roberto Muniz, do PP, a tarefa de dar aquela mãozinha a Dilma.

Mas Muniz vem alegando, desde que soube que assumiria a vaga no Senado no lugar de Pinheiro, que tem um conjunto de tarefas para resolver antes de tomar posse, as quais, coincidentemente, acredita que só estarão plenamente concluídas depois da votação.

Na verdade, a história que se conta no PP é outra. O suplente não quer também pagar o preço de ter de votar a favor de Dilma. E está em seu direito. Principalmente, depois que o PP fechou questão pelo afastamento da presidente da República.

Por este motivo, o vice-governador do Estado e presidente estadual do PP, João Leão, invocando os afazeres de que Muniz precisa se desincumbir antes de virar senador, anunciou hoje que será Pinheiro o autor do voto contra o impeachment de Dilma.

Um experiente político do PP, acostumado às lides da roça, assiste à cena às gargalhadas da arquibancada e diz que Pinheiro está igual a “cavalo brabo, doido para correr com a cela”. Mas, segundo ele, o governador Rui Costa mantém as rédeas da situação.

“Ou ele (Pinheiro) assume o voto a favor de Dilma ou então não tem secretaria”, garante.  A segunda suplente de Pinheiro não serve para a jogada. Trata-se da advogada Sílvia Cerqueira, do PRB, partido que está fechado pelo impeachment de Dilma Rousseff.

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