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Silvinho Pereira 10 de fevereiro de 2016 | 14:15

Silvinho do PT volta à cena e se diz ‘à disposição’ da Lava Jato

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Apontado pelo empresário ligado ao partido Fernando Moura como um dos precursores do esquema de propinas instalado na Petrobras em 2003, na abertura do primeiro mandato do ex-presidente Lula, Silvinho Pereira comunicou ao juiz federal Sérgio Moro que se dispõe a ‘prestar os esclarecimentos porventura necessários’. A petição ao juiz da Lava Jato é subscrita pelos advogados Mariângela Tomé Lopes e André Augusto Mendes Machado, do escritório Saad Gimenes Advogados Associados. Eles se reportam às informações divulgadas nas últimas semanas sobre os sucessivos depoimentos de Fernando Moura. Silvinho do PT é um personagem emblemático da histórica política recente do País. No escândalo do mensalão ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República pelo crime de formação de quadrilha, mas acabou contemplado com um acordo homologado pela Justiça – o único dos 40 acusados que teve essa oportunidade porque a pena prevista para o delito que lhe foi imputado era inferior a um ano de prisão. Para obter a suspensão condicional do processo criminal, Silvinho teve de prestar serviços comunitários na subprefeitura do Butantã, zona oeste de São Paulo – cumpriu uma jornada de 750 horas como avaliador da situação de praças, fiscalizou poda de árvores e desobstrução de bocas de lobo. O empresário Fernando Moura, que trouxe Silvinho Pereira para o coração da Lava Jato, foi capturado em agosto de 2015 junto com o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), na Operação Pixuleco – desdobramento da grande investigação. Acuado, Fernando Moura fechou acordo de delação premiada e foi solto.

Estadão
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