07 de fevereiro de 2016 | 08:54

Reforma na Previdência virou tábua de salvação para o governo

brasil

Na tentativa de reorganizar as contas públicas, a equipe econômica do governo e a presidente Dilma Rousseff passaram a defender a necessidade de uma reforma na Previdência. Com pouca margem de manobra para cortar gastos, as mudanças no sistema previdenciário são encaradas como uma forma de o governo reconquistar a credibilidade na política fiscal de longo prazo. A Previdência brasileira sempre foi considerada generosa para um país de renda média, como o Brasil, e a conta parece ter chegado. No ano passado, o déficit da Previdência foi de R$ 89,5 bilhões, bem acima dos R$ 56,7 bilhões de 2014. “O País foi tentando fazer reformas para mitigar o déficit previdenciário e ainda temos um problema para resolver”, afirma Fabio Klein, analista de contas públicas da Tendências Consultoria Integrada. Por ora, a equipe econômica não apresentou nenhuma proposta concreta para reformar a Previdência, mas, ao longo dos últimos anos, os analistas têm apontado uma série de distorções no sistema brasileiro. O País está ficando mais velho, com o aumento da expectativa de vida, o que significa que haverá menos brasileiros trabalhando para sustentar cada vez mais trabalhadores aposentados. No ano passado, um relatório apresentado pelos técnicos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ao governo com base nos dados do Banco Mundial dava a dimensão do tamanho do impacto da mudança geracional do Brasil. O País terá, em apenas duas décadas, a mesma transformação demográfica que levou 60 anos para ser concluída nos Estados Unidos.

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