Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Custo para a Petrobrás com buraco na Petros pode chegar a R$ 1,7 bilhão 10 de fevereiro de 2016 | 09:45

Lava Jato revelou quadrilha na Petrobras, diz procurador

brasil

O procurador da força-tarefa da Lava Jato Antonio Carlos Welter disse, em um evento na noite desta terça-feira, 9, em Nova York, que a operação começou pequena há cerca de dois anos, mas conseguiu demonstrar que havia uma organização criminosa dentro da Petrobrás que envolvia de políticos a empreiteiros, além de executivos da companhia e doleiros. “Não se para mais de puxar o fio”, disse Welter, falando que a cada dia se descobrem mais coisas novas envolvendo a corrupção. “O caso da Petrobrás começou de uma forma bastante pequena. Havia uma investigação envolvendo cinco doleiros”, afirmou o procurador, logo no início do evento, para uma sala lotada na sede da Americas Society/Council of the Americas em Manhattan. “O fio era pequeno e quando veio, não se para mais de puxar esse fio”, ressaltou. A partir destes cinco doleiros, foi se chegando a diretores da Petrobrás, a políticos, a empreiteiros. “Conseguiu se demonstrar que havia uma organização criminosa”, disse Welter, ressaltando que ela era composta por quatro grupos: grandes empreiteiras, funcionários da Petrobras, políticos (parlamentares e membros do governo) e doleiros. “Por trás disso tudo estava a Petrobras sendo sangrada, a população brasileira sendo sangrada e também os investidores que compraram ações da Petrobrás”, afirmou. A Lava Jato completa em abril dois anos e, segundo o procurador, tem sido importante para o êxito até agora das investigações a participação de órgãos como o Banco Central, a Receita Federal, a Polícia Federal, além do apoio da opinião pública. “A Lava Jato está conseguindo agregar as forças de vários órgãos.” Questionando por um dos participantes do evento se a Lava Jato estava prejudicando as operações da Petrobrás, Welter disse que seria muito pior deixar uma empresa “endemicamente envolvida em corrupção”. Leia mais no Estadão.

Estadão
Comentários