Foto: A Tarde
Paulo Oliveira foi desligado depois de ministrar curso A Tarde de Jornalismo 12 de fevereiro de 2016 | 08:25

Ex-secretário de Redação ataca presidente de A Tarde

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Num post publicado ontem na internet, o ex-secretário de Redação de A Tarde, Paulo Oliveira, ligou a metralhadora giratória e atacou o presidente do jornal, André Blumberg, a quem chamou de “mentiroso e sem palavra”, o Sindicato dos Jornalistas da Bahia, o Ministério Público do Trabalho e a nova empresa que assumiu o controle do matutino desde o dia 26 de janeiro, a Piatra Participações.

No texto, Oliveira, que também ministrou e coordenou o curso A Tarde de jornalismo até ser demitido, em 11 de janeiro, acusa a nova dona da empresa de não ter honrado o pagamento da primeira das 12 parcelas em que foi dividida sua indenização, no último dia 10 de fevereiro, nem a segunda parcela do 13° salário. Segundo ele, um representante da nova empresa teria prometido pagá-lo depois de uma “nova auditoria” nos acordos firmados pelo veículo.

“Um grupo empresarial sério não compra uma empresa em processo de falência sem ter auditado as contas antes. Tudo isso cheira a calote e picaretagem”, escreve o jornalista, incitando eventuais leitores a não comprarem o jornal: “Você compraria ou faria assinatura de um jornal que explora e não paga seus funcionários? Que atrasa salários? Que não respeita o trabalhador? Pense nisto ante de adquirir um exemplar de A Tarde.”

Segundo Oliveira, “A Tarde não é uma empresa séria. André Blumberg, seu presidente, é mentiroso e sem palavra. O Sindicato dos Jornalistas da Bahia é conivente com o que estão fazendo. Blumberg assinou acordo com o Ministério Público do Trabalho, que tem sido omisso na fiscalização do trato, comprometendo-se a pagar a indenização dos funcionários demitidos, devido à incompetência administrativa e grave crise financeira”.

Em outro post, publicado um dia depois de sua demissão, Oliveira diz que foi desligado do jornal depois de 9 anos e cinco meses de trabalho por determinação de Blumberg por causa de sua posição “contra os constantes atrasos salariais, falta de pagamento da segunda parcela do 13º, por ter citado os nomes dos donos da empresa como responsáveis pelo naufrágio empresarial e por ser crítico à censura imposta contra matérias que prejudicam os interesses do governo do estado”.

Os ataques do ex-secretário de Redação ao jornal só ampliam o clima de apreensão vivido hoje pelos funcionários da empresa secular, desde que foi adquirida pelo grupo paulista. Apesar de terem assumido o comando da empresa brindando com os funcionários no parque gráfico, os novos donos não conseguiram honrar o principal  compromisso assumido, de pagar os salários de janeiro em dia, os quais permanecem atrasados, apresentando as desculpas mais estapafúrdias.

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