Foto: Dida Sampaio / Estadão
O vice-presidente Michel Temer deve conversar com lideranças 30 de novembro de 2015 | 06:45

Ministros convocam aliados para votar meta

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Com sessão do Congresso marcada para amanhã, os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, iniciam a semana empenhados em mobilizar os aliados para votar a redução da meta fiscal de 2015. Eles devem telefonar aos parlamentares com pedido para que compareçam à sessão e aprovem a proposta, considerada “prioridade zero” pelo governo. Sob o clima de ressaca resultante da prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), as duas Casas se esvaziaram na semana passada. O vice-presidente Michel Temer deve conversar com lideranças, apesar de não haver nenhuma reunião formal agendada. Ele chega hoje a Brasília e ajudará na mobilização. No entanto, não vai comandar a missão, como faria se a presidente Dilma Rousseff tivesse mantido a agenda fora do País. Dilma cancelou as viagens que faria a Vietnã e Japão nesta semana e retorna amanhã de Paris, onde acompanha a Conferência do Clima (COP 21), para comandar as conversas com parlamentares. Segundo o Estado apurou, Dilma e Temer não conversaram no fim de semana. A última vez que mantiveram contato foi na quarta-feira passada, quando discutiram a prisão de Delcídio. O projeto de lei do Executivo altera a meta de resultado primário de 2015 e autoriza o governo a adotar como meta um déficit primário de R$ 51,2 bilhões, mas que pode chegar a R$ 119,9 bilhões com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais. A aprovação da nova meta é essencial para sustar os efeitos de um decreto que será assinado hoje pela presidente Dilma Rousseff contingenciando R$ 10,7 bilhões de despesas discricionárias (não obrigatórias), ou seja, investimentos públicos e custeio da máquina, como diárias e passagens de avião.

Estadão
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