Foto: André Dusek/Estadão
Bumlai foi preso na 21ª fase da Lava Jato 26 de novembro de 2015 | 14:45

Auditoria da Petrobrás comprovou contrato fraudado para beneficiar Schahin

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Uma auditoria interna da Petrobrás, concluída em maio, confirmou que houve direcionamento indevido para que o Grupo Schahin fosse contratado para operar o navio-sonda Vitoria 10.000 para explorações de petróleo em alto mar. O negócio seria uma compensação pelo empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin, em 2004, que teria como destino final o PT. O intermediador do negócio, segundo os investigadores, foi o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula. Bumlai foi preso nesta terça-feira, 24, alvo central da Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato. “Foi aceita uma única proposta para construção do navio-sonda, ao passo que poderia haver um processo competitivo. Na exposição de motivos, dentre as razões para a escolha do estaleiro estavam”, informa o Relatório de Auditoria R02.E003/2015, de 18 de maio. “O argumento apresentado para escolha da Schahin como operador, que consta no item 9 do DIP INTERDN 17/2007, aprovado pela Diretoria Executiva por meio da Ata 4.624, de 18 de janeiro de 2007, foi de que a Schahin International era detentora dos melhores índices operacionais na Bacia de Campos não se confirmam pelos documentos de avaliação da contratada relativos àquele período”, registra o relatório do gerente de Auditoria de Exploração e Produção da Petrobrás, Paulo Rangel.

Estadão
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