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Osvaldo Barreto não incorporou "pique" do governador Rui Costa 09 de outubro de 2015 | 10:19

Secretário estadual de Educação está por um triz

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A colocação de um município baiano em péssima posição no Índice de Oportunidades da Educação Brasileira era o elemento que faltava para ampliar a desestabilização do secretário estadual de Educação, Osvaldo Barreto. O governador Rui Costa (PT) tomou conhecimento da situação na Europa, onde se encontra tentando atrair investimentos para o Estado, e não gostou. Na secretaria, funcionários apostam que Osvaldo não chega a 2016.

Desde que assumiu o governo, Rui tem demonstrado, reservadamente, insatisfação com o comando da pasta. O governador estabeleceu como uma das principais metas da gestão visitar todas as escolas da rede estadual e não perde a oportunidade de ir às unidades de ensino em cada município para onde viaja. Foi assim que fechou um colégio em Porto Seguro, depois de constatar as péssimas condições em que funcionava.

Nas visitas, Rui se aproxima de alunos, professores e diretores. Num dos encontros, estudantes mostraram a foto de um professor que, oficialmente, se encontrava de licença por problemas de saúde, sentado numa mesa de bar tomando cerveja. O governador se indignou. Outro fato que tem deixado Rui transtornado é constatar que em algumas RNES (Ex-Direcs – Diretorias de Educação) diretores não conhecem o território.

Um fato que não passa despercebido é que, nas visitas, Barreto não aparece nem manda representantes. Assim, vai tomando conhecimento das decisões que Rui toma em relação a escolas ou dos relatórios que manda produzir com atraso. A iniciativa do governador de visitar as escolas é considerada por governistas como um diferencial de sua administração.

Também é reconhecida por adversários como um lance que o aproxima das comunidades no interior. “Rui abriu um canal de comunicação direto com a comunidade escolar. Desta forma, está humanizando a educação pública estadual”, diz ao Política Livre um assessor do governador, garantindo que, antes dele, o setor nunca foi acompanhado tão de perto por um governador.

O desagrado de Rui com a postura da secretaria de Educação é anterior à posse. Barreto foi uma das heranças do antecessor, Jaques Wagner, que manteve. Com a iniciativa de visitar todas as escolas estaduais, ele esperava que fosse mobilizar a pasta em torno de um projeto revolucionário de comprometimento com o setor na Bahia. Mas, segundo fontes ligadas ao governador, ele já estaria cansado de esperar.

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