Foto: Fábio Motta / Estadão
Em menos de dois anos foi um salto de 12.250% 02 de agosto de 2015 | 11:15

Petrobras já deve R$ 10 bilhões ao banco Bradesco

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Às vésperas de estourar a Operação Lava Jato, um empréstimo de R$ 4 bilhões foi viabilizado pelo Bradesco para financiar as obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), no Rio. O financiamento marcou o ritmo exponencial com o qual o banco passou a ficar exposto ao risco Petrobras. Em menos de dois anos foi um salto de 12.250%, saindo de R$ 85 milhões, em setembro de 2013, para R$ 10,5 bilhões, em junho deste ano. O último balanço do Bradesco, divulgado na semana passada, já traz contabilizado o mais recente empréstimo dado pelo banco à estatal. Foram cerca de R$ 3 bilhões, uma operação com alguma polêmica, uma vez que a decisão do empréstimo foi tomada antes da publicação do balanço anual da Petrobras. Havia sérias dúvidas se a empresa conseguiria cumprir o prazo para fazer a publicação, com a chancela de uma auditoria independente e, assim, colocar em ordem sua contabilidade. Se a Petrobras não cumprisse o prazo, seus credores poderiam exigir que US$50 bilhões em dívidas fossem pagos imediatamente, o que seria inviável para a empresa e deixaria o Bradesco, a Caixa e o Banco do Brasil – que deram empréstimos à estatal às vésperas da publicação do balanço – em má situação.

Estadão
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