04 de agosto de 2015 | 08:28

Paralisadas, empresas envolvidas na Lava Jato tentam saída para crise

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Um ano e cinco meses após o início da Operação Lava Jato, Galvão Engenharia, UTC, OAS, Sete Brasil e Estaleiro Atlântico Sul (EAS) seguem tentando aplacar os efeitos das denúncias de corrupção sobre seus negócios. Bombardeadas pela devassa da Polícia Federal, as empresas viram secar o crédito dos bancos. Hoje enfrentam processos de reestruturação intrincados, que passam por vendas de ativos, negociações com credores e com a Petrobras, epicentro da crise. Um dos casos mais complexos é o do EAS, sociedade entre Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, por envolver negociações com Petrobras e Sete Brasil, criada pela estatal para gerenciar a construção de sondas e que entrou em colapso com a Lava Jato. A proposta, segundo apurou o jornal “O Estado de S. Paulo”, é que ambas realoquem em outros projetos R$ 1 bilhão em equipamentos comprados pelo EAS para construir sete sondas, encalhadas depois que o estaleiro pernambucano rompeu contrato com a Sete, em fevereiro, alegando inadimplência da contratante. O acerto daria fôlego ao EAS, que seguiria operando calcado na carteira de encomendas de 18 petroleiros da Transpetro.A dívida do EAS gira em torno de R$ 2,6 bilhões. Entre os credores estão BNDES, Itaú, Bradesco, Santander e fornecedores do projeto de sondas. Sem um consenso sobre os equipamentos, o caso promete acabar em disputa nos tribunais ou em arbitragem. Segundo uma fonte, entretanto, a retomada do contrato para a construção de ao menos três sondas pode voltar à mesa. Leia mais no Estadão.

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