Foto: Ag. Brasil_Arquivo
O baiano Arthur Maia está entre os líderes oposicionistas que subscrevem o documento com críticas a Janot 30 de agosto de 2015 | 20:59

Oposição critica pedido de Janot para arquivar investigação

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Os partidos da oposição divulgaram nota neste domingo, 30, para criticar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que determinou o arquivamento do pedido de investigação referente às contas da campanha da presidente da República, Dilma Rousseff. “Causou grande estranheza nas oposições os termos da decisão assinada pelo procurador-geral”, afirma a nota, assinada pelos deputados Rubens Bueno, líder do PPS; Carlos Sampaio, líder do PSDB; Arthur Maia, líder do PSD; e Mendonça Filho, líder do DEM. No comunicado, a oposição afirma que, “não obstante os fortes indícios de irregularidades apontados, o despacho do procurador parece querer dar lições ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e às oposições”. Os parlamentares afirmam que, “no processo eleitoral, eleitores, partidos, Justiça Eleitoral e Procuradoria têm papéis distintos e complementares e é fundamental que todos cumpram o que lhes cabe, com equilíbrio e isenção. ‘Inconveniente’ seria se não o fizessem.” A reação ocorre depois que Rodrigo Janot se posicionou em relação ao pedido preliminar feito pelo ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para investigar as contas de campanha da presidente Dilma. Janot apontou a “inconveniência” de a Justiça e o Ministério Público Eleitoral se tornarem “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia” e o receio de uma “judicialização extremada”. Para ele, os atores principais do processo democrático devem ser “candidatos e eleitores”. Janot declarou ainda que “não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobrevêm, os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito”, escreveu o procurador-geral da República, ao se referir sobre o papel da Justiça eleitoral na “pacificação social”.

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