29 de agosto de 2015 | 11:30

Desempenho do Brasil só supera o da Rússia e da Ucrânia

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A queda de 2,6% do PIB no segundo trimestre em relação a igual período de 2014 deixou o Brasil no 33.º lugar em um ranking de 35 países, elaborado pela Austin Rating. A agência de classificação de risco lista as economias pela variação do PIB em ordem crescente. Pelo segundo trimestre consecutivo, o Brasil só superou as economias da Rússia e da Ucrânia, que amargaram retração de 4,6% e 14,7%, respectivamente, na mesma base de comparação. Os dois países na lanterna do ranking sofrem com a queda do preço do petróleo e com os efeitos do conflito territorial decorrente da anexação da Crimeia pela Rússia – retaliada com sanções econômicas pela União Europeia e os Estados Unidos. Todos os demais países do ranking cresceram na mesma base de comparação, com destaque para China (7%), Filipinas (5,6%), Malásia (4,9%), Indonésia (4,7%) e Estados Unidos (3,7%). A estimativa da Austin Rating é de queda de 2,1% para o PIB de 2015 e retração em 2016 de 0,3%. Se confirmada, a previsão de diminuição do PIB brasileiro no biênio 2015-2016 será o pior desempenho econômico do Brasil em 85 anos. “A perspectiva de um pior desempenho em 85 anos vem se materializando a cada mês, a cada indicador. Esse resultado vem de uma ineficiência doméstica ou seja, problema de gestão interna do País. As principais economias do mundo estão crescendo, exceto Ucrânia e Rússia, que estão em guerra. O Brasil não deveria ser comparado a eles”, disse o economista-chefe da instituição, Alex Agostini. De acordo com a Austin Rating, a última vez que o Brasil registrou uma queda do PIB por dois anos consecutivos foi em 1930 (-2,1%) e 1931 (-3,3%). Agostini destaca que, além dos problemas internos, “resultado da política econômica equivocada, da política monetária extremamente leniente nos últimos anos e da política fiscal atabalhoada, que geram a perda de confiança”, há o fator China, principal parceiro comercial de commodities do Brasil, e que passa por um momento de turbulência econômica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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