27 de agosto de 2015 | 19:49

Delator ‘descobre’ conta de US$ 12 milhões em Montevidéu

brasil

O delator da Lava Jato Augusto Ribeiro Mendonça Neto, dono da Setal Óleo e Gás, disse ao juiz Sérgio Moro que cerca de R$ 12 milhões movimentados por meio de offshores no exterior não tiveram como destino propinas a funcionários da Petrobrás e sim uma de suas próprias empresas. O executivo, contudo, não explicou por que não declarou em seu Imposto de Renda a quantia mantida no exterior. “Então a correção que eu queria fazer é que uma parte dos recursos que transitaram por estas empresas Soterra (Terraplanagem) Rock Star (marketing) e as outras relativas ao sr. (Adir) Assad (doleiro preso na Lava Jato) não se destinaram ao Renato Duque e sim a uma companhia nossa”, afirmou Augusto Mendonça. De acordo com o executivo, os recursos eram de sua própria empresa e não tinham relação nenhuma com contratos com a estatal petrolífera. A correção do delator foi feita em uma das duas ações em que ele é réu na Justiça Federal do Paraná acusado de formação de cartel e pagamento de propinas referentes às licitações das obras das refinarias presidente Getúlio Vargas – Repar, em Araucária (PR) e de Paulínia – Replan, no interior de São Paulo, vencidas por sua empresa. O próprio delator admitiu ter utilizado as contas das empresas de Adir Assad, um dos doleiros presos na Lava Jato, no exterior para movimentar a propina paga a Pedro Barusco, Renato Duque e Paulo Roberto Costa referentes a estas obras. Leia mais no Estadão.

Estadão
Comentários