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Aos nomes de maior expressão e proximidade a Neto que circulam até o momento, adicionou-se, recentemente, o do ex-governador Paulo Souto 03 de agosto de 2015 | 07:45

As opções de vice para Neto, por Raul Monteiro

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A pesquisa Paraná atribuindo 82% de aprovação ao prefeito ACM Neto (DEM) apenas ampliou, em seu grupo político e entre os dos partidos aliados, a cobiça, que já era grande, pela vaga de vice em sua chapa na sucessão municipal de 2016, quando ele disputará a reeleição. Com os sinais de que sua administração vai muito bem aos olhos da população e de que ele mantém a condição de franco favorito para disputar as eleições do ano que vem, é natural que as atenções passem a se voltar, naturalmente, para o nome do candidato a vice que Neto escolherá para companheiro de chapa.

Isto ocorre porque é tão certo como dois e dois são quatro que o prefeito, reelegendo-se, renunciará à Prefeitura para disputar o governo do Estado em 2018, permitindo ao vice herdar um mandato de mais de dois anos na Prefeitura e ainda, ao que tudo indica, o direito de disputar a reeleição. Neste cenário, não espanta que seja grande a profusão, em sua própria administração, de quadros capazes e – o que é mais visível – com grande desejo de serem escolhidos para ter a candidatura a vice homologada com a de Neto pela Justiça Eleitoral na campanha do ano que vem.

Aos nomes de maior expressão e proximidade a Neto que circulam até o momento como opções da bolsa do colete para o prefeito, que incluem figuras como os secretários municipais Bruno Reis (Promoção Social) e Luiz Carrera (Casa Civil), assim como o amigo de escola Sylvio Pinheiro (Sucom), adicionou-se, recentemente, o do ex-governador Paulo Souto. Sua eventual escolha obedeceria à estratégia de Neto de demonstrar ao eleitorado que o elegerá em 2016 sabendo de seus planos de concorrer ao governo de que deixará a Prefeitura com alguém de forte reputação como gestor.

Atual secretário municipal da Fazenda, Souto serviria ao propósito de Neto de sinalizar para a sociedade que seu sucessor estará longe de representar uma aventura, mas a certeza de que a Prefeitura cairia nas mãos de um quadro testado e comprovado que, em essência, daria continuidade à sua gestão sem maiores surpresas. Apesar dos inúmeros qualificativos, hoje, entretanto, o ex-governador ainda é a melhor alternativa para o caso de Neto não conseguir emplacar Bruno Reis, que todos consideram ser, na prática, seu candidato a vice preferido.

Em conversas informais, Neto já disse a colaboradores que Bruno, que é filiado ao PMDB, só não estará na chapa, caso não consiga obter do líder de seu partido, Geddel Vieira Lima, o aval para a disputa. Não deve ter sido por acaso que, assim que pôde, o prefeito colocou o jovem colaborador, respeitado, entre outros atributos, pela garra, a competência política e a fidelidade ao prefeito, na pasta da Promoção Social. Trata-se de sua primeira experiência como gestor de uma perspectiva em que é possível ter uma visão abrangente da administração a partir do viés social, o qual Neto acha fundamental para a sua sucessão.

* Artigo publicado originalmente na Tribuna da Bahia

Raul Monteiro*
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