04 de julho de 2015 | 08:28

SEC acusa brasileiro de operar esquema de pirâmide

brasil

A Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos, abriu um processo em uma Corte Federal em Boston no qual acusa a DFRF Enterprises, empresa fundada pelo brasileiro Daniel Fernandes Rojo Filho, de operar um esquema de pirâmide financeira, também chamado de esquema Ponzi, que já levantou US$ 15 milhões desde meados de 2014 oferecendo retorno de 15% ao mês com base em minas de ouro. A DFRF, nome formado pelas iniciais do fundador, é acusada de fraudes na comunidade latina em Estados como Flórida e Massachusetts. A empresa alegava ter mais de 50 minas de ouro no Brasil e na África, de acordo com os documentos divulgados pela SEC. O processo destaca que, em um vídeo no YouTube postado em outubro de 2014, Filho alegava que suas reservas de ouro no Brasil eram avaliadas em US$ 4,2 bilhões. As receitas da empresa, porém, não vinham da extração do metal ou dos negócios com ouro, mas da venda de títulos de membros a investidores dessas comunidades nos EUA, que falavam português e espanhol. O esquema de pirâmide levantou mais de US$ 15 milhões, de 1,4 mil investidores desde meados de 2014, de acordo com o comunicado da SEC. Apenas em maio deste ano, a empresa levantou US$ 4,2 milhões de novos aplicadores. Novos participantes eram estimulados a buscar outros membros, de modo a manter os recursos fluindo e os primeiros recrutadores recebiam uma comissão.

Estadão
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