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O problema de Wagner hoje é o fato de Lula estar entre ele e Dilma 20 de julho de 2015 | 11:31

Realidade impõe Jaques Wagner a Dilma Rousseff

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O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, ministro da Defesa, volta a aparecer como alternativa numa eventual mudança no núcleo da articulação política do governo Dilma Rousseff (PT). Ele substituiria o atual chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante, que iria para a pasta da Defesa. Mercadante enfrenta fortes resistências no Congresso e já teve sua cabeça pedida a Dilma até pelo ex-presidente Lula, maior defensor da indicação de Wagner. Lula acha Mercadante inadequado para a função. Assim como qualquer um que entenda um pouco mais de política, o que não inclui Dilma. Talvez aí resida também o problema do ex-governador baiano. Dilma não confia mais em Lula como no passado. Por este motivo, não teria motivos para confiar em alguém que, apesar de lhe ser próximo e está na condição de ministro escolhido por ela, é amigo pessoal do ex-presidente. Mas com a crise econômica nas ruas, a política no Congresso e no Palácio e a Operação Lava Jato batendo à sua porta, Dilma pode não ter muitas escolhas à disposição, senão aceitar Wagner na articulação política. E o momento é dos melhores. Afinal, ensaia-se o enfraquecimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), maior adversário de Dilma na Casa, abrindo uma janela de oportunidades para o governo.

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