Foto: Reprodução
Presidente Dilma Rousseff 29 de julho de 2015 | 20:15

Professor da FGV diz que Dilma foi ‘infeliz’ ao atribuir queda do PIB à Lava Jato

brasil

O economista Marcos Fernandes, coordenador da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), afirmou que a presidente Dilma Rousseff foi “infeliz” ; Fao atribuir uma eventual queda de um ponto porcentual no PIB à Operação Lava Jato. O comentário de Dilma foi feito em reunião com ministros na segunda-feira, 27. Mesmo ressalvando não saber “de onde ela tirou esse número”, Fernandes disse que o custo da corrupção para o País nas esferas econômica e social é alto e defendeu investigações conduzidas pela Polícia Federal. Segundo ele, ainda que haja queda do PIB no curto prazo, é importante discutir um sistema de governança da Petrobras. “É importante que tenhamos uma sessão de lavação de roupa mesmo. É sempre bom ter choques de moralidade e gestão porque você vai melhorando sistemas de controle”, destacou Fernandes, autor do livro A Economia Política da Corrupção no Brasil. Para o professor da FGV-SP, o custo da corrupção não se resume ao dinheiro que foi desviado. Mas também o que deixou de ser gerado em benefícios e melhorias para o Brasil em investimentos, por exemplo, em inovação e educação, destacou. No início do mês, Fernandes apresentou um cálculo em dois pontos porcentuais de quanto o País deixa de crescer por ano devido à corrupção. Segundo ele, ainda não é possível mensurar qual a queda do PIB decorrente da Lava Jato porque a operação ainda não foi encerrada. O estudioso detalhou que a cadeia ligada diretamente à Petrobras representa 2,75% do PIB. Nessa conta, estão os contratos de construção com empreiteiras e plataformas. Essa parcela chega a 10% do PIB se for levar em conta todos os setores que mantém contato indireto com a estatal, como prestadores de serviços.

Estadão Conteúdo
Comentários