Foto: Arquivo/Divulgação
JW seria Jaques Wagner, segundo investigadores da Lava Jato 31 de julho de 2015 | 15:57

Mensagens de Marcelo fazem novas referências a JW

bahia

A descoberta de novas mensagens no celular de Marcelo Odebrecht divulgadas por um relatório da Polícia Federal causou indignação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), devendo acelerar o julgamento da briga entre as famílias Odebrecht e Gradin – considerada a maior disputa societária do país – para agosto. Trata-se de um quinto das ações da Odebrecht, caso que se encontra parado desde agosto de 2014. Num dos oito celulares de Marcelo, foi encontrada a anotação “O que queremos de Noronha?”, depois de “mitigação risco Gs”, que investigadores consideram ser uma referência à família Gradin e à holding Graal, controlada por ela. Noronha seria o ministro João Otávio Noronha, o segundo mais antigo da 3² turma, que substituiu a ministra Nancy Andrighi, a qual deixou o caso por ter sido nomeada corregedora-nacional de Justiça. Outra mensagem de Marcelo diz: “Nancy_Juíza BA”, o que levou os investigadores a suspeitarem que o executivo pode ter cogitado em levar à corregedora Andrighi alguma exigência para que a juíza Maria de Lourdes Oliveira de Araújo, da 10² Vara Cível de Salvador, abandonasse o caso. A magistrada havia decidido que a disputa entre as famílias deveria ter sido decidida por arbitragem, medida que contrariou a Odebrecht, levando a companhia a solicitar, sem sucesso, seu afastamento do caso. A Polícia Federal acha que Marcelo pensou ainda em recorrer ao então governador Jaques Wagner (PT), por ter escrito: CMF e MRF: JW vs mudar juíza?” CMF e MRF seriam Cláudio Melo Filho, da área de Relações Institucionais da Odebrecht, e Maurício Roberto Ferro, da área jurídica. JW seria Jaques Wagner, que, na condição de governador, segundo os investigadores, poderia influir no afastamento da juíza Maria de Lourdes, pedindo a promoção dela ao TJ ou alterando a competência da 10² Vara. Com informações do Valor Econômico.

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