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Corrêa foi preso duas vezes: uma no Mensalão e outra na Operação Lava Jato 01 de julho de 2015 | 15:44

‘Eu dava metade do salário para o deputado’, diz testemunha da Lava Jato

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Vera Lúcia Leite Souza Shiba, ex-secretária particular da liderança do PP na Câmara, afirmou à Justiça Federal que depositava metade do seu salário para o então deputado Pedro Corrêa, entre 2006 e 2010 – quando ele foi o líder do partido na Casa. Vera Lúcia ganhava ‘entre R$ 7 mil e R$ 8 mil’ mensais. Corrêa foi preso duas vezes: uma no Mensalão e outra na Operação Lava Jato. “Quando entrei (na Câmara) em 2006, cargo em comissão, o deputado Pedro Corrêa fez um acordo comigo. Ele me propôs esse acordo, eu dava metade (do holerite) para ele. Essa metade era depositada para o Ivan Vernon.” Vernon trabalhou no gabinete de Corrêa. Era homem de confiança do parlamentar. Ele também é alvo da Lava Jato. Vera Lúcia depôs na semana passada como testemunha na ação penal em que Corrêa é acusado de corrupção passiva e propinas no esquema Lava Jato. Ele está preso em Curitiba (PR), base da Lava Jato. Um procurador da República que compareceu à audiência na Justiça Federal no Paraná indagou. “Esse ajuste foi direto com o sr. Pedro Corrêa?”. “Isso, isso”, ela respondeu. O procurador pediu a Vera Lúcia que detalhasse. “Como funcionava? A sra. recebia salário em conta bancária? Como procedia?” Ela disse. “Meu salário vinha na conta bancária. Eu transferia para a conta do Ivan, direto da minha conta para conta do Ivan.”

Agência Estado
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