Foto: Reprodução/Camargo Corrêa/Edson Jr./Governo de SP
Executivo Dalton Avancini, ex-presidente da empreiteira Camargo Corrêa 01 de julho de 2015 | 08:23

Delator cita propina de 1% ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear

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O executivo Dalton Avancini, ex-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, declarou à força-tarefa da Operação Lava Jato que em agosto de 2014 houve ‘uma reunião na empresa UTC’, em São Paulo, em que ‘foi comentado que havia certos compromissos do pagamento de propinas ao PMDB no montante de 1% e a dirigentes da Eletronuclear’. Os repasses teriam sido acertados no âmbito das obras de Andra 3. As revelações de Avancini foram feitas dia 12 de março em delação premiada que ele firmou com a força-tarefa da Lava Jato. Dois termos da colaboração do executivo foram juntados aos autos pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações sobre desvios e cartel na Petrobrás. Ao enviar ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) informações em habeas corpus impetrado por um alvo da Erga Omnes – a mais nova etapa da Lava Jato -, o juiz assinalou que ‘há provas’ de que o esquema que provocou um rombo estimado em R$ 6 bilhões na estatal petrolífera foi ‘reproduzido’ em outras áreas do governo. Em sua delação, Avancini diz não saber se a reunião na UTC ocorreu por iniciativa de Ricardo Pessoa ou de Antonio Carlos Miranda. Presidente da UTC Engenharia, Pessoa também fez delação premiada e apontou os nomes de pelo menos 18 políticos supostamente beneficiários de recursos do cartel. O empreiteiro declarou à Procuradoria-Geral da República que repassou R$ 7,5 milhões para a campanha da petista Dilma Rousseff à Presidência, em 2010. Naquela reunião, destacou o delator, foram ‘tratados alguns aspectos técnicos desse contrato, bem como o cronograma de execução, haja vista que a própria Andrade Gutierrez já havia reportado que atrasos na área civil iria repercutir no descumprimento de prazos do novo contrato’. Leia mais no Estadão.

Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso, Estadão
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