02 de julho de 2015 | 12:28

CPI da Petrobras nega pedido de Barusco para não comparecer a acareações

brasil

O ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco encaminhou pedido à CPI da Petrobras para não participar das acareações marcadas para a próxima semana. A solicitação foi indeferida. A defesa de Barusco alegou que sua doença se agravou no último mês, o que o levou a retomar o tratamento contra o câncer ósseo. A advogada Beatriz Catta Preta argumentou que o delator não pode passar por situações estressantes para não descontrolar sua pressão arterial e que, por recomendação médica, ele não poderia ser submetido a horas sentado. Da última vez que compareceu à comissão, Barusco depôs por mais de seis horas. O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), avisou que seu comparecimento é imprescindível e que, se necessário fosse, Barusco poderia depor até numa maca. Como é médico, Motta respondeu à defesa que poderia atendê-lo caso passe mal na sessão. Barusco participará de duas acareações seguidas na próxima semana. Na quarta-feira, 8, o ex-gerente da Petrobras será confrontado com o ex-diretor de Serviços Renato Duque. No dia seguinte a acareação será com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. O delator do esquema não foi o único a pedir dispensa da comissão. Duque, o doleiro Alberto Youssef e Fernando Brochado Heller também recorreram da convocação. O comando da CPI alegou que a presença dos depoentes era indispensável e negou as solicitações. A viúva do ex-deputado José Janene (PP-PR), Stael Fernanda Janene, conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). No ofício encaminhado à CPI, o ministro Gilmar Mendes diz que a viúva não precisa assinar o termo de compromisso para falar a verdade na comissão, mas que deve responder às perguntas dos deputados, desde que as questões não a autoincriminem.

Estadão Conteúdo
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